O que é que faz uma desocupada? Passeia, pois claro

Gosto de Aveiro: é agradável, tem um aspecto adorável, vale a pena lá ir. A ria é um encanto e apetece ficar pela Praia da Barra até ao fim do dia. Não se dá pelo passar do tempo e sabe mesmo a férias. Então com uma óptima companhia melhor ainda. Hoje foi assim: passear ao sol, tirar fotografias (parvas, claro, para mais tarde recordar) e ir à melhor parte: os ovos moles. Posso ficar obesa, mas pelo menos fico uma gorda feliz. E a conhecer Portugal, que dá sempre um ar intelectual.

Até fiz um desenho no paint para verem o dramático que foi

Ora muito bem:
isto daqui de cima passou-se hoje e claro, comigo metida ó barulho. (eu sou o rectângulo cor-de-rosa, como não podia deixar de ser). O rectângulo vermelho ia na loucura dos seus 30km/h e eu, que tenho mais que fazer da minha vida, pois claro, achei por bem ultrapassá-lo. Até aqui tudo bem. Só que o rectângulo azul (rectângulo demoníaco) saiu daquela rua manhosa do lado direito e eu não vi. Claro que não vi, porque o carro vermelho estava à frente. Daí que eu o tenho ultrapassado e o carro azul aparece-me vindo nada e o que é que eu fiz? Meti-me lá no meio dos carros (zona cinzenta portanto, que eu quero tudo muito bem explicadinho, longe de mim que vos falte alguma coisa) e fui à minha vida. Sem olhar pra trás, porque já dizia alguém que eu agora não me lembro quem, que prá frente é que é o caminho.

Era capaz de me habituar a esta vida

A tarde de ontem foi como se quer: passada aqui, com um sol como já não se via há demasiado tempo, um café com natas delicioso e uma amiga, que conheço há meio ano, mas que parece amiga desde sempre. Nada como uma conversa sincera, sem rebuscados nem floreados pelo meio para percebermos se temos à nossa frente alguém com substância: falar da vida como ela é, é meio caminho andado para conhecermos os outros e, já agora, para nos conhecermos (ainda) mais um bocadinho. Gosto disto: de ter pessoas que valem a pena na minha vida. É por coisas destas que me sinto uma privilegiada.

Assim não custa nada

Acordar com este sol, com este tempo que só nos empurra para uma esplanada para deitar conversa fora com os amigos. A vida pode estar em stand-by, mas não significa que não possa ser aproveitada. E depois da lição de futebol de ontem, acho sinceramente que o hino do Benfica devia ser ensinado nas escolas. Tudo pelo bem público, claro.

Sim, eu sei que não é propriamente um motivo de orgulho

mas a minha vida ganha outra cor quando saem episódios novos de Anatomia, Flash Forward, Gossip Girl e Private Practice. No fundo, no fundo, nem sou assim tão difícil de agradar.

Fome psicológica

É o que me está a dar neste momento. Em que só me apetece comer aquelas coisas muito saudáveis, cheias de calorias e gordura, que deixam as pessoas celulíticas e que definitivamente não me fazem parecer uma daquelas miúdas giras (sluts) dos anúncios de lingerie que teimam em aparecer-me à frente em cada estrada por que passo. É o que dá ter tempo livre a mais.

Gosto muito

Miss Sixty

É tããão giro. E desconfio seriamente que ia ser muito feliz dentro dele. Claro que ter este tipo de desejos não vai lá muito bem com o facto de não estarem a entrar rendimentos na minha conta, mas enquanto sonhar for à borla, eu vou abusando.

Não é um bom dia

Hoje seriam 5 anos.

Estou oficialmente desempregada/ à espera/ de férias forçadas. Vão ser 15 dias sempre de olhos no telefone à espera que ele toque e traga boas notícias. E vocês, como boas pessoas que são, façam aí uma forçinha por mim, sim?

Ele deu-me este...

e agora estou pra ver se afinal isto é pra levar mesmo a sério ou não.

Não fiquei assim tão entusiasmada...

porque estava à espera de mais. Bastante mais. Não deixa de ser bom, de merecer elogios, mas sinceramente não acho que o óscar tenho sido completamente merecido. Mas pronto, é sobre o Iraque, é sobre como eles sofrem por lá e não há bom patriota que não goste de ver os seus heróis premiados. Fosse eu norte-americana e acho que tinha visto o filme com outros olhos.

Come what may

Faltam exactamente sete dias para o meu estágio acabar. Eu quero muito muito muito ficar. Mas não sei se fico. Aliás, venho duas semanas pra casa que vai ser um mimo sem saber da minha vida. É um ver se te aguentas.

Ora meus amigos, deixem-me só explicar-vos o que é sorte:

sorte é ir a 120 numa estrada nacional, ultrapassar um carro em cima de uma linha contínua porque estava a chover muito e não deu pra reparar se aquilo era continuado ou não, levar com sinais de luzes e com aquelas luzinhas azuis sinistras da polícia que veio atrás de nós o tempo todo e também não se reparou (porque chovia comó caraças e era de noite e porque se vinha a pensar como a vida consegue ser uma filha da mãe), pensar "ai que é desta que fico sem carta e sem o salário dos próximos 57 anos e depois como é que eu vou passear e trabalhar e ser uma gaja normal?", ser ultrapassada por eles, rirem-se pra nós e seguirem como se nada fosse.
Com isto desconfio seriamente que esgotei os meus créditos da sorte.