Acho que mais feliz é impossível

Hoje (dia 24, entenda-se) marca o início de uma fase nova. Hoje sou mesmo a pessoa mais feliz que conheço, logo sinto uma pontinha de inveja de mim própria, o que é completamente muito à frente. Hoje deixei de ser mais uma entre tantas contratadas que são a maioria ou quase dos jovens trabalhadores deste país desgovernado. Hoje passei a ser efectiva na empresa que me enche de orgulho, que me faz sentir realizada todos os dias em que me levanto para ir trabalhar e que é "só" umas das melhores que temos. A partir de agora acabam-se os projectos a prazo, as ideias e vontades para depois: é que hoje ganhei estabilidade daqui prá frente. E é esta felicidade tão imensa de hoje (e para os próximos anos que espero que sejam bem longos) que ninguém me pode tirar.

Muito obrigada, sim?

Não tenho nada contra a demissão do Sr Sócrates. Eventualmente, e muito mais lá para a frente, as coisas até poderão vir a ficar melhores para nós (pior também já é complicado.) Mas, e olhando aqui só para o plano pessoal, se a demissão fosse apresentada daqui a umas 2 semanas é que era. É que como o meu emprego depende dos que lá estão a mandar, vou andar estas semanas a ter toda uma série de ataques de ansiedade/stress/pânico/terror profundo várias vezes ao dia. Avizinham-se semanas impróprias para o coração.

A repetir?

O dia de hoje, ou melhor, a manhã, foi passada à beira-mar, com as amigas, a andar a passo bem rápido (correr nunca foi a minha praia e no que respeita aos meus padrões, inclui-se no leque dos desportos radicais). Estou neste momento a sentir-me uma inválida, tais são as dores nas pernas. O objectivo, pelo menos o principal, não foi emagrecer ou pôr-me em forma. Foi mesmo tentar libertar-me dos raciocínios demasiado elaborados que ando a fazer e tentar esquecer que falta um mês para saber se o que eu mais quero se concretiza. Odeio sofrer por antecipação.

Gosto de surpresas assim

Maria Gadú

Eu só conhecia uma música dela. Aquela que (acho eu) toda a gente conhece. Fui pela curiosidade e porque, pelo pouco que já tinha ouvido, achei que era capaz de me agradar. Não me enganei. Revelou-se uma excelente surpresa e as covers que apresentou foram muito bem conseguidas. Já pra não falar do ambiente do Hard Club que estava muito bom. Ainda bem que não foi dinheiro mal gasto.

As coisas boas da vida

Hoje tive dois clientes, um casal, que já estão juntos há mais tempo do aquilo que eu sequer consigo imaginar. Ele teve um avc e ficou com imensas limitações. Ela não sabe ler nem escrever, mas percebeu à primeira tudo o que lhe expliquei (quando na maior parte das vezes os que têm metade da idade não percebem nem que lhes seja explicado a tarde toda). Ele às vezes já não se lembra dela, mas ela, com o ar mais contente, disse-me que o quer por muitos e muitos anos "porque gosta muito dele e são os melhores amigos". Achei a coisa mais ternurenta de sempre. E com um bocadinho de inveja, porque eles são a pessoa um do outro há mais de 50 anos. É (também) por estas coisas que eu sou apaixonada pelo meu trabalho.

Ora então

alguém que perceba mais disto do que eu, que me explique, porque é que este filme ganhou o Óscar de melhor filme. Mas melhor filme porquê? O Colin Firth e o Rush estão irrepreensíveis, muito bons, mas o filme não me provocou reacção nenhuma, nadinha. Só me deu sono. E é assim que se deitam 4€ e qualquer coisa ao lixo. E depois o Benfica perdeu, passei 6 horas (6!!) à procura de um disfarce em condições para amanhã e hoje é Domingo e daqui a nada já me estou a levantar. Oh vidinha difícil.